Quando surgiram os cartões no futebol?
Você sabia que os cartões amarelo e vermelho não existiam antes da Copa do Mundo de 1970? Até então, os árbitros usavam apenas gestos, apitos e gritos para advertir ou expulsar jogadores, o que gerava muita confusão, principalmente em partidas internacionais onde a barreira do idioma dificultava a comunicação.
O episódio que mudou a história: Copa de 1966
A origem dos cartões remonta a um episódio polêmico ocorrido nas quartas de final da Copa do Mundo de 1966, entre Inglaterra e Argentina. Na ocasião, o árbitro alemão Rudolf Kreitlein expulsou o capitão argentino Antonio Rattin por comportamento desrespeitoso.
No entanto, como Kreitlein não falava espanhol e Rattin não compreendia a ordem de expulsão, houve um grande tumulto em campo. Rattin se recusava a sair, e o clima ficou tenso. A situação só foi contornada com a ajuda de Ken Aston, então chefe da arbitragem da FIFA.
A inspiração veio do trânsito: o semáforo
Incomodado com a confusão causada pela falta de comunicação clara, Ken Aston teve uma ideia simples e genial enquanto dirigia: usar as cores do semáforo como linguagem universal para punições no futebol.
- Cartão amarelo: advertência (como o “atenção” do trânsito)
- Cartão vermelho: expulsão (como o “pare”)
Essa solução visual foi adotada oficialmente na Copa do Mundo de 1970, realizada no México — e se tornou um dos maiores símbolos do futebol moderno.
Cartões no futebol: uma revolução nas regras
A implementação dos cartões foi um marco na história do esporte, garantindo mais clareza, justiça e padronização nas decisões disciplinares. Hoje, os cartões são parte fundamental do jogo e reconhecidos por torcedores de todo o mundo.
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