Você conhece a história do roubo da taça da Copa do Mundo? A lendária Taça Jules Rimet, símbolo máximo do futebol por décadas, ficou marcada não apenas por títulos e glórias. Ela também protagonizou dois dos episódios mais misteriosos e inacreditáveis da história do esporte.
A Origem da Taça Jules Rimet e os Primeiros Passos Rumo ao Roubo da Taça da Copa do Mundo
Tudo começou em 1928, quando o francês Jules Rimet assumiu a presidência da FIFA. Com espírito visionário, ele decidiu tirar do papel o sonho de uma competição internacional de futebol. Assim, dois anos depois, em 1930, nascia a primeira Copa do Mundo, realizada no Uruguai.
Naquela edição inaugural, treze seleções participaram: Uruguai, Argentina, Brasil, França, Bélgica, Bolívia, Chile, Estados Unidos, México, Paraguai, Romênia, Iugoslávia e Peru. Na final, o Uruguai derrotou a Argentina por 4 a 2 e conquistou o primeiro título mundial. Por isso, manteve a posse da taça da Copa do Mundo até a edição seguinte.
A Regra da FIFA, a Conquista Brasileira e o Caminho até o Roubo da Taça da Copa do Mundo
De acordo com as regras da época, a seleção campeã manteria o troféu até a próxima Copa. Contudo, a FIFA incluíra uma cláusula especial: o primeiro país a conquistar três títulos mundiais ficaria com a taça de forma definitiva.
Inicialmente, esse feito parecia impossível. Entretanto, o Brasil brilhou. Em 1970, com um elenco histórico liderado por Pelé, a Seleção Brasileira venceu a Itália por 4 a 1 e tornou-se tricampeã mundial. Como resultado, a Jules Rimet passou a pertencer oficialmente ao Brasil.
O Roubo da Taça da Copa do Mundo em 1983: O Crime que Abalou o País
Durante treze anos, a taça ficou exposta na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Embora estivesse protegida por uma caixa de vidro à prova de balas, um crime ousado mudou tudo. Em 1983, aconteceu o roubo da taça da Copa do Mundo, deixando o país perplexo.
Sérgio Peralta, então dirigente do Atlético-MG, idealizou o plano. Para executá-lo, contou com a ajuda de três cúmplices: Chico Barbudo, Luiz Bigode e o argentino Juan Hernández. O grupo rendeu o vigia, arrombou a sala e levou a taça. Pouco depois, Hernández derreteu o troféu, apagando para sempre uma relíquia histórica. Apesar das condenações em 1988, os criminosos cumpriram penas brandas.
O Primeiro Roubo em 1966 e o Herói Inesperado
Na verdade, a Jules Rimet já havia desaparecido antes. Em 1966, meses antes da Copa da Inglaterra, a taça foi roubada durante uma exposição em Londres. Como era de se esperar, o caso causou comoção nacional.
Contudo, a solução surgiu de forma inusitada. Um cachorro chamado Pickles encontrou a taça embrulhada em jornal, no jardim de uma casa londrina. Imediatamente, o cão virou celebridade. Além de homenagens oficiais, ele recebeu um ano de ração gratuita e entrou para a história como o salvador do futebol inglês.
O Roubo da Taça da Copa do Mundo: Uma História Que Vai Além do Futebol
A trajetória da Jules Rimet mostra que o futebol transcende as quatro linhas. Desde o heroísmo de um cão até a ação de criminosos que destruíram um pedaço da história, o roubo da taça da Copa do Mundo representa um dos episódios mais inusitados do esporte.
Além disso, esse capítulo reforça o poder simbólico do futebol na cultura mundial. Afinal, uma simples taça conseguiu mexer com emoções, gerar crises diplomáticas e até inspirar atos de bravura. Por esse motivo, a Jules Rimet continua viva na memória coletiva — mesmo sem estar fisicamente entre nós.
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